Sustentabilidade



Qual foi a palavra mais falada no final do século XX? Ecologia! No princípio, era o termo mais usado pelos ativistas ambientais, preocupados com os rumos do planeta e a constante deterioração de suas reservas naturais. Com a difusão da consciência ecológica e a necessidade, cada vez mais urgente, de medidas voltadas para a preservação do meio ambiente, surge o termo sustentabilidade, que ampliou o conceito ecológico, mostrando que ações de preservação ambiental não só são corretas, como também seguramente viáveis.

Desde que o homem passou a compreender a importância de preservar o Meio Ambiente – ou seja, todas as coisas vivas e não vivas, ocorrendo no planeta ou em parte dele, que afetam os ecossistemas e a vida do homem –, o conceito de ecologia foi ampliado. O grande problema era encontrar um processo que pudesse aliar a necessidade de preservação que o planeta necessita, às práticas que não fossem prejudiciais a outras demandas da sociedade, como o desenvolvimento econômico, a administração pública, etc. A partir disso, surge o termo sustentabilidade, cujo conceito começou a ser delineado em junho de 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo (Suécia).

O conceito mais amplo de Sustentabilidade está atrelado à capacidade de “suprir as necessidades da geração presente, sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas” (Relatório de Brundtland, de 1987). Para ter a característica ou condição de sustentável, qualquer empreendimento humano precisa ter quatro qualidades: ser ecologicamente correto; ser economicamente viável; ser socialmente justo; e ser culturalmente aceito. A Declaração de Estocolmo, nascida daquela Conferência, lançou as bases de um plano de ação que define princípios de preservação e melhoria do meio ambiente e destaca a necessidade de apoio financeiro e assistência técnica a comunidades e países mais pobres.

Foi no Brasil, na famosa ECO-92 (Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento), que o conceito de desenvolvimento sustentável foi consolidado, com o objetivo de conciliar as reivindicações dos defensores do desenvolvimento econômico com as preocupações dos setores interessados na conservação dos ecossistemas e da biodiversidade.

Novas metas:
Com a criação do termo sustentabilidade, a preservação do meio ambiente deixou de ser, apenas, uma ideologia isolada e de parâmetros utópicos, e alcançou um patamar de organização, que sugere ações concretas. Alguns exemplos:

- Crescimento sustentado – crescimento econômico constante e duradouro, assentado em bases estáveis e seguras.

- Gestão sustentável – capacidade de dirigir qualquer instituição, pública ou privada, através de processos que valorizem todas as formas de capital, humano, natural e financeiro.

- Investimento socialmente responsável – o investimento é feito de forma ética e sustentável.

A sustentabilidade é o novo caminho que o homem encontrou para garantir a preservação do ambiente natural e, em consequência, a sua própria. Mais do que preservar, o objetivo agora é garantir que o planeta sobreviva à ação humana, sem coibir sua evolução nos demais setores da vida em sociedade, garantindo o futuro das novas gerações.

Fonte: Ecologia Urbana
www.ecologiaurbana.com.br