sexta-feira, 29 de abril de 2011

Controle biológico e fertilização orgânica à base de Nim avançam no agronegócio


"O aumento das exigências na agricultura e pecuária por processos e produtos amigáveis ao meio ambiente impulsiona o mercado de soluções de controle biológico de pragas e fertilização orgânica."

Neste cenário, produtos derivados da árvore de origem indiana Nim – nome científico “neem – Azadirachtina indica” - ganham destaque como eficientes, seguras e econômicas alternativas ao uso de defensivos e adubos químicos nas lavouras e criações. Na Índia, as propriedades do Nim são utilizadas na medicina, cosmética, agricultura, entre outras áreas, há mais de quatro mil anos.

Defensivos e fertilizantes

Produzidos a partir do princípio ativo extraído das folhas, frutos, cascas, sementes e madeira da árvore indiana, defensivos, antiparasitórios e repelentes à base de Nim combatem, sem dano ambiental, os mais variados insetos e parasitas, como, por exemplo, nematóides, carrapatos, lagartas, besouros, percevejos e outros. Instituições como Embrapa, Unicamp e UFPR já atestaram a confiabilidade do Nim, realçando que ele pode combater mais de 400 tipos de pragas agrícolas.

Atualmente, segundo a Embrapa, o Brasil tem aproximadamente seis milhões de árvores de Nim, com potencial para ultrapassar a Índia – o maior produtor – em poucos anos. Romina Lindemann, diretora-geral da Preserva Mundi (www.preservamundi.com.br), empresa especializada no cultivo e fabricação de produtos derivados da planta, explica que o defensivo feito a partir do Nim age somente no organismo que pretende destruir, incluindo ovos e larvas, sem incidir sobre outros seres benéficos à manutenção correta dos ecossistemas.

Por sua vez, como fertilizante, o Nim é recomendado como fonte de nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e potássio para diversas culturas, desde hortaliças, passando por grãos, até cana-de-açúcar. “Pelo seu ‘dna’ livre de moléculas químicas, os produtos derivados do Nim são atóxicos ao homem e animais, bem como biodegradáveis”, explica Lindemann.


Fonte:Assessoria de Imprensa Ronaldo Luiz
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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mandioca de mesa com alto teor de vitamina A


"Fonte natural de energia, as raízes amarelas de mandioca têm maiores teores de betacaroteno (precursor de vitamina A), micronutriente importante para a manutenção da saúde dos olhos"


O déficit de vitamina A está presente em populações carentes do Nordeste, principalmente, em mulheres e crianças. O desenvolvimento e a seleção de variedades de mandioca de mesa com maiores teores de betacaroteno é um dos objetivos do Projeto de Melhoramento de Mandioca para Biofortificação, liderado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas / BA).

Os resultados das pesquisas obtidos até o momento indicaram três variedades de mandioca amarela de mesa como alto teor de betacaroteno que estão sendo recomendadas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura: BRS Dourada, BRS Gema de Ovo e BRS Jari. No Prosa Rural desta semana o pesquisador Vanderlei da Silva Santos traz informações sobre as três variedades. “Elas foram selecionadas para consumo de mesa porque, para essa finalidade, as raízes devem ser saborosas, não ter fibra e cozinhar entre quinze e, no máximo, vinte e cinco minutos, atributos que as três apresentam”.

Para que a pró-vitamina não se perca durante o processamento, o ideal é que as raízes sejam consumidas cozidas. As variedades são excelentes alternativas para minimizar o déficit de vitamina A em populações carentes deste nutriente na região Nordeste. A intenção é que sejam incluídas na dieta, principalmente de mulheres e crianças nordestinas. Como a mandioca de mesa (aipim ou macaxeira) já faz parte do hábito alimentar da população local, acredita-se que o produto terá grande aceitação.

O plantio das variedades deve ser feito no início das chuvas utilizando manivas selecionadas de 20 centímetros de comprimento, mantendo-se o campo limpo por, no mínimo, mais 120 dias. As cultivares são recomendadas para colheitas entre 10 a 12 meses após o plantio. Com o uso de adubação e irrigação, a colheita de algumas cultivares pode ser feita a partir dos seis meses de idade.

Saiba mais sobre o tema desta semana ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Fonte: Embrapa Informação Tecnológica
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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Batata ideal para plantio orgânico


"Cultivar Aracy é resistente a pragas e doenças, além de não demandar uso de agrotóxicos ou cuidados especiais com adubação"


Uma das grandes preocupações dos produtores que adotam o cultivo orgânico é como lidar com pragas e doenças. No caso da batata, um dos maiores problemas é relativo à requeima. Segundo o pesquisador científico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios Itararé (Apta - Itararé) Valdir José Ramos, a cultivar Aracy, desenvolvida no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), apresenta resistência às principais doenças da batata, além de não exigir grande preocupação relativa ao adubo. A batata foi apresentada na 3ª Agrovia, que aconteceu entre os dias 6 e 9 de março, em Itapeva (SP).

Ela é uma batata excelente para a atividade culinária. Serve para fazer saladas, purês e fritas, como batata palha e batatas chips – diz Valdir.

Além das características relativas à culinária, o pesquisador afirma que ela possui excelente resistência contra requeima e principais doenças da batata. Além disso, ele explica que a cultivar pode ser usada no grande plantio sem grandes preocupações com o uso de agrotóxicos. Já quanto aos cuidados de manejo, a Aracy não difere das outras variedades de batata do mercado.

Ela exige nenhuma ou pouca pulverização, não demanda muita adubação e é um cultivar que pode ser usado tranquilamente no plantio orgânico – afirma.

A produtividade também não apresenta grande diferença. De acordo com o pesquisador, ela produz aproximadamente 25 toneladas por hectare, podendo chegar à 30 toneladas. Mas esses números, segundo ele, dependem muito do clima.

Às vezes, se chove demais, a batata pode ter problemas. Nessa época de verão aqui da região, por exemplo, há muita chuva e muito calor. Nesse caso, ela só vegeta, mas não produz nada embaixo, devido ao calor e à umidade. Com isso, aumenta a probabilidade de doenças foliares e as peles dos tubérculos acabam ficando muito ásperas, o que gera distúrbios fisiológicos, como a lenticelose, além de pragas e doenças – diz.

Abril é o período ideal para o plantio de inverno, segundo Valdir, devido à ausência de muita chuva e calor, que podem causar problemas. A batata também pode ser plantada em qualquer região.

A única coisa que deve-se evitar é a geada. Esse mês, por exemplo, é um bom período. Como o ciclo da batata dura 90 dias, em junho ou julho, já não há mais problemas. Se houver geadas, é ainda melhor, pois não é preciso matar a rama com produtos químicos para uniformizar a produção – explica.

Para mais informações sobre a cultivar, basta entrar em contato com a Apta Itararé através do número (15) 3532-4471 begin_of_the_skype_highlighting (15) 3532-4471

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Curitiba terá uma semana dedicada à alimentação orgânica


"Começa nesta quarta-feira (13)e vai até 17/04/2011, em Curitiba, a Semana de Orgânicos"

O evento é organizado pelos comerciantes do Mercado de Orgânicos, o primeiro público do Brasil, e segue até 17 de abril, no pavilhão anexo ao Mercado Municipal de Curitiba. São considerados orgânicos os alimentos cultivados sem o uso de agrotóxicos ou qualquer outro tipo de produto químico.

O objetivo Semana de Orgânicos é, dentre outros, estimular o consumo dos produtos orgânicos e sensibilizar a população em geral para os seus benefícios. A programa ação inclui a realização de palestras, oficinas, degustações e sessões de tratamentos de beleza. Os produtos comercializados durante a ação terão descontos especiais.

Durante a Semana de Orgânicos, serão distribuídas cartilhas sobre a produção orgânica e realizados minicursos de culinária orgânica. Para as crianças, haverá oficinas de orientação, para a montagem de minijardins.

Dentre os temas abordados nas palestras estão "Bem-estar e saúde na aromaterapia" (14 de abril, às 15 horas); "Orgânicos e saúde: alimentando a imunidade" (dia 16 de abril, às 10 horas); "Medicina da ciência moderna e produtos orgânicos: a visão do médico quântico e relativista sobre a alimentação atual" (dia 16 de abril, às 14 horas); e "Café orgânico" (dia 16 de abril, às 15 horas).

Luis Guilherme Paraná Barbosa Lemes, supervisor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), diz que o evento representa uma forma de aumento de renda para os comerciantes de orgâni cos. O SENAR-PR, assim o Sebrae/PR, apoia tanto produtores de orgânicos quanto revendedores desses alimentos. "O fato de muitas pessoas desconhecerem os benefícios dos alimentos orgânicos justifica a realização do evento. Outra boa razão é que a diminuição no valor de venda dos produtos tende a gerar um aumento de consumo. Além dos consumidores comuns, os orgânicos vêm conquistando, cada vez mais, restaurantes e chefes de cozinha", avalia.

João José Passini, engenheiro-agrônomo e gestor do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável da Itaipu Binacional, explica que, durante a Semana de Orgânicos, a Itaipu, uma das patrocinadoras do evento, apresentará uma experiência de sucesso. É o Programa Cultivando Água Boa, que teve início em 2003 e mudou a realidade de agricultores familiares do oeste do Paraná.

O engenheiro explica que a apresentação visa incentivar prefeituras da Região Metropolitana de Curitiba a apoiarem os produtores de orgânicos e a investi rem em educação ambiental, a exemplo do que ocorre no oeste paranaense. "Vamos mostrar o caso da Cooperativa Agroecológica e da Indústria Familiar (Cooperfam), de Marechal Cândido Rondon, que, assessorada pela Itaipu e seus parceiros, fechou com o Estado do Paraná um contrato para o fornecimento de produtos para a merenda escolar em escolas públicas da região, em dezembro de 2010. A ideia é incentivar que novos acordos sejam firmados em 2011."

Para João José Passini, a agricultura orgânica gera resultados positivos para toda a sociedade. "Esse sistema produtivo minimiza impactos ambientais e sociais. Os produtos orgânicos, sem agrotóxicos e sem adubos químicos respeitam o ar, a água e o solo, além de protegerem a propriedade, tornando a agricultura familiar autossustentável. Os consumidores que optam por esses produtos tem uma alimentação saudável e ganham mais saúde", assinala.

O Sebrae/PR apoia, desde 2009, por meio do Projeto Cadeia de Hortifrutigranjeiros d e Curitiba e Região Metropolitana, o desenvolvimento dos comerciantes que atuam no Mercado Municipal de Curitiba.

A consultora e gestora do Projeto de Hortifrutigranjeiros do Sebrae/PR, Maria Isabel Guimarães, explica que a Semana de Orgânicos é fruto de um trabalho de consultoria e planejamento estratégico feito pela entidade e parceiros junto aos comerciantes do Mercado Municipal. "O Sebrae/PR orientou os empresários do Mercado Orgânico a melhorarem a comercialização dos produtos e a atuarem em grupo, para, dessa forma, solucionar questões comuns", assinala a consultora.

Empresas

Participam da iniciativa as empresas Biossana Orgânicos, Capulho Roupas Orgânicas, Ceccon Produtos Orgânicos, Nico's Café Orgânico, Nico's Empório, Natural Market, Cativa Natureza Cosméticos Orgânicos, Ohana Restaurante, Organique Essentiel, Taurino´s Organic, Arte Verde Comida Orgânica, Native Produtos da Natureza, Couve & Flor Vegetais Orgânicos, JP Frutas Legumes e Hortaliças.

Segundo levantamento feito pela ONG Projeto Organics Brasil, que reúne empresas exportadoras de produtos e insumos orgânicos, a venda de produtos orgânicos no País alcançou, apenas em 2010, o equivalente a R$ 350 milhões, valor 40% superior ao registrado em 2009.

A Semana de Orgânicos do Mercado Municipal de Curitiba tem apoio do Sebrae/PR, Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAB), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Sistema Fercomércio/PR, Prefeitura de Curitiba, Itaipu Binacional e SENAR-PR. Outras informações sobre a Semana de Orgânicos do Mercado Municipal podem ser obtidas pelo telefone (41) 3363-3764 begin_of_the_skype_highlighting
(41) 3363-3764 end_of_the_skype_highlighting.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Não Confunda: Hidropônico não é Orgânico


Com a atual variedade de produtos nos supermercados, fica difícil para o consumidor não se confundir entre tantos nomes: natural, hidropônico, processado, orgânico… A seguir, veremos com mais detalhes cada uma dessas denominações.

“Natural”

Em princípio, vale lembrar de que toda verdura, fruta ou legume é natural, já que o homem pode apenas reproduzir plantas a partir de sementes ou outras partes de plantas, multiplicando-as através da agricultura. Ou seja, independentemente do sistema em que foram produzidos (convencional ou orgânico), do grau de contaminação ou da qualidade nutricional que apresentem, qualquer verdura, legume ou fruta é natural. Portanto, a palavra “natural” indicada nas embalagens não significa que o produto esteja isento de agrotóxicos e outras substâncias que trazem riscos para a saúde humana.

“Processado”

Os produtos lavados, cortados e embalados, usados para facilitar a vida da dona de casa, continuam sendo verduras e legumes convencionais, ou seja, que receberam agrotóxicos e adubos químicos; apenas já foram selecionados pela indústria. Atualmente, é possível encontrar produtos higienizados e processados que foram produzidos no sistema orgânico e que por isso, não contêm agrotóxicos nem qualquer outro produto potencialmente tóxico. Para encontrá-los, basta verificar na embalagem a palavra “orgânico” juntamente com o selo de uma instituição certificadora. Desta forma, o consumidor terá a certeza de que os produtos processados seguiram, de fato, todas as normas de produção que geram alimentos saudáveis, como são os orgânicos.

“Hidropônico”

O hidropônico é um alimento produzido sem a presença do solo e sempre em ambiente protegido, ou seja, em estufa. Cultivado sobre suportes artificiais, em água, recebe soluções químicas para nutrição e tratamento de eventuais doenças.

“Orgânico”

O produto orgânico, ao trazer este nome na embalagem juntamente com o selo de uma Instituição Certificadora, demonstra a quem o compra muito mais que um alimento isento de substâncias nocivas à saúde. Ao ser gerado dentro de um sistema produtivo que preservou o ambiente natural, o produto orgânico contribui para a melhor qualidade de vida não de um consumidor isolado, mas de toda a sociedade.

Para ressaltar bem um produto hidropônico de um orgânico, veja esta tabela comparativa:


Fonte:www.planetaorganico.com.br

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Leite orgânico eleva renda do produtor


"A produção de leite orgânico registrada em 2010 chegou a quase 5,5 milhões de litros, o equivalente a 1% do comércio total do produto"

Produzido em sistema diferente do processo habitual, representa uma fonte de renda alternativa para o agricultor. É uma variedade da bebida tradicional sem resíduos químicos a preços atrativos, porém com os mesmos valores nutritivos do convencional.

“A mudança do sistema produtivo pode ser bastante positiva, já que estudos mostram que o leite orgânico é valorizado no mercado e o preço chega a ser 50% maior do que o convencional em algumas regiões”, explica o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), João Paulo Guimarães Soares, zootecnista da unidade Cerrados da Embrapa, no Rio de Janeiro. O valor pago pelo leite convencional é de R$ 0,80 por litro enquanto com o leite orgânico o produtor pode ser remunerado com até R$ 1,20 por litro.

A produção de leite no sistema orgânico ainda é em pequena escala (a média diária varia entre oito e dez litros). Isso acontece porque existirem poucos produtores certificados no Brasil, adequados à Lei 10.831 e à Instrução Normativa nº 64 do Ministério da Agricultura. Os custos de produção são menores, pois o produtor usa menos insumos. Esse sistema evita a utilização de máquinas agrícolas, trabalha com plantio direto e compostos orgânicos, porém, exige mão-de-obra maior e mais qualificada.

Para adotar o sistema orgânico de produção é necessário ter, no mínimo, um período de 12 meses de manejo sustentável necessários para a conversão, principalmente das pastagens. Somente depois desse período, o produto é considerado orgânico.

Pesquisa

Para desenvolver e fortalecer a cadeia produtiva do leite orgânico foi implantada uma rede de pesquisa interinstitucional coordenada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Embrapa Cerrados integra o grupo que planeja investimentos de R$ 1 milhão em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias de fomento à cadeia produtiva.

Uma das pesquisas na Embrapa Cerrados relacionada a esse projeto é o estudo sobre a produção de biomassa de forragem para sistemas agroecológicos de leite no bioma Cerrado. A pastagem será avaliada durante três anos e não será utilizado nenhum insumo químico. As fontes de adubo são substituídas por fontes naturais e o sistema de pasto é do tipo rotativo.

As pastagens foram instaladas na sede da Embrapa Cerrados, localizada em Planaltina (DF), e também na escola agrícola do município de Unaí (MG), que possui um projeto ligado a pequenos agricultores. O estudo das pastagens levará 36 meses. Em seguida, serão avaliadas as condições do pasto e, por fim, validada a pesquisa junto aos produtores do DF e entorno. O projeto de agricultura orgânica é direcionado aos pequenos agricultores, responsáveis por quase 60% de toda a produção de leite do país.


Fonte:Correio do Estado
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terça-feira, 12 de abril de 2011

A saga judicial dos transgênicos


Como se já não bastassem as polêmicas passadas, as sementes geneticamente alteradas encontram-se em meio a um novo round judicial. Desta vez a Justiça Federal do Paraná suspendeu a comercialização de um tipo transgênico de milho, desenvolvido para ser mais resistente a determinado herbicida.

A discussão, no momento, gira em torno da ausência de plano de monitoramento para a esperada contaminação entre as plantações. Isso porque, diferentemente da soja, o processo de polinização do milho oferece maior risco de mistura de pólen de plantas tradicionais e daquelas alteradas geneticamente. Com isso, aumentar-se-iam as chances de se constatar, dentro das plantações convencionais, a presença de plantas alteradas geneticamente.

Em termos comerciais, isso quer dizer que o produtor não é capaz de assegurar que seu produto seja 100% (cem por cento) convencional. Como conseqüência ele pode ser prejudicado, financeiramente, na hipótese de valorização diferenciada, pelo mercado, dos grãos tradicionais (bonificação). Outra possibilidade é a de que enfrente boicote a seus produtos, caso não consiga que sejam certificados. Dependendo, ainda, do tipo de contrato que mantém com seu comprador, pode estar sujeito a multa por não entregar o produto sem contaminação.

Por outro lado, igualmente prejudicado fica o consumidor, que perde a certeza do que está consumindo e, em última análise, perde a capacidade de escolher qual produto deseja adquirir. Além disso, o forte apelo da produtividade inicial acaba causando a padronização das plantações o que, em longo prazo, afeta a diversidade de culturas.

A palavra chave nesta discussão é a coexistência. Isto é, garantir que exista opção ao produtor e ao consumidor entre sementes e grãos convencionais e transgênicos. São eles, e não o mercado, que devem exercer a escolha.

Ainda não é possível antecipar os rumos que a jurisprudência assumirá para esta temática, especialmente porque a ainda não se enfrentou a dificuldade biológica de contenção da contaminação. Na discussão judicial quando da liberalização da soja transgênica, por exemplo, o maior problema enfrentando foi a importação irregular (soja “Maradona”) e a impossibilidade de sua fiscalização. Além disso, questionava-se a competência e a regularidade do procedimento de liberalização dos grãos alterados geneticamente. A resposta final, naquela oportunidade, foi liberar a comercialização da soja, já que não mais era possível impedir sua plantação.

Por outro lado, não se enfrentaram naquele e neste momento, temas ainda mais interessantes do ponto de vista do consumidor brasileiro. Cite-se, por exemplo, que todas as sementes transgênicas liberadas até agora são alteradas geneticamente para aumentar sua resistência a pragas ou herbicidas, ou seja, focadas exclusivamente na produtividade. Será que a saga judicial do transgênico seria a mesma se a manipulação genética visasse à ampliação dos níveis nutricionais da soja ou do milho? Eis uma pergunta sem resposta imediata.

Fonte: Frederico Eduardo Zenedin Glitz
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sexta-feira, 8 de abril de 2011

A preservação do meio ambiente é responsabilidade de todos


"A afirmação é do presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Edivaldo Del Grande, queparticipa em Brasília de ato que defende melhorias no Código Florestal"

“Tenho certeza de que o produtor rural tem consciência de que a preservação do meio ambiente é condição sine qua nonpara que perdure a atividade agrícola. Só mesmo as pessoas imbuídas de radicalismos extremos poderiam apontá-lo como culpado pelos males do planeta. A preservação do meio ambiente é responsabilidade de todos, e não apenas daqueles que lidam com a terra”, afirma Edivaldo Del Grande, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp). O dirigente participa nesta terça-feira, dia 5, em Brasília, de ato que defende melhorias no Código Florestal.

“A Ocesp é parceira dos ambientalistas na preservação do meio ambiente. Precisamos separar o joio do trigo e entender que a atividade agrícola é responsável pela comida no prato de milhões de pessoas. Não há substituição para a agricultura, mas ações sustentáveis”, defende Del Grande. Ele lembra a vocação brasileira para o agronegócio e o superávit que o setor proporcionou na balança comercial. “O PIB brasileiro do agronegócio atingiu 6,5% de crescimento nos últimos 10 anos, enquanto o PIB nacional teve 6% de crescimento no mesmo período, segundo dados do IBGE. O crescimento da agricultura (6,5%) se deve ao aumento de produção de várias culturas importantes da lavoura brasileira. Tudo isso é resultado de investimentos em tecnologia para aumento da produtividade e melhoria da qualidade do plantio”, ressalta Del Grande.

“O homem do campo, num passado recente, foi incentivado pelos governos a ocupar terras e cultivá-las para o desenvolvimento do país. Por que, agora, esse agricultor é obrigado a recompor, sozinho, as florestas ou a manter, unicamente com os seus recursos, uma reserva legal? Por que os banqueiros, os grandes empresários, toda a população brasileira e, principalmente, os países ricos, que serão beneficiados com a recomposição e preservação do meio ambiente, não devem arcar com esse ônus ao lado do agricultor?”, questiona o dirigente.

Fonte:Assessoria de Imprensa do Ocesp e Sescoop/SP
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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cultivo orgânico beneficia pequenos bananicultores


"Adubos com biofertilizantes prometem diminuir custos de produção e aumentar resistência da cultura contra doenças fúngicas'

Voltado para o pequeno produtor, o cultivo orgânico da banana dispensa o uso de fertilizantes químicos, o que não agride o meio ambiente e exige menos investimento por parte dos agricultores. Pensando nisso, a Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) implantou um projeto de adubação com biofertilizantes e silício no município de Cáceres (MG).

De acordo com Humberto Carvalho Marcílio, pesquisador da Empaer, a primeira diferença do projeto é o uso somente de adubos orgânicos. Nesse projeto, os pesquisadores buscam medidas que estejam de acordo com a realidade do pequeno produtor, já que o fungicida apresenta alto custo na produção da banana.

Nós usamos o biofertilizante, um composto feito na própria propriedade. Ele pode ser feito pelo produtor com Agrobio e acréscimo de minerais e partes orgânicas como esterco, entre outros ingredientes – afirma o pesquisador.

Humberto diz que, muitas vezes, o pequeno produtor não realiza nenhum tipo de adubação, o que faz com que algumas cultivares que ele utiliza estejam suscetíveis a doenças. Por essa razão, o projeto busca um meio de induzir a planta a criar resistência às doenças fúngicas, como a sigatoka negra, principalmente.

O biofertilizante e o silício causam essa reação na planta, uma força e poder de resistência maior ao ataque desses fungos. O produtor deve fazer um experimento com adubação com diferentes níveis de biofertilizantes. Deve usar desde zero até 20% de fertilizante no composto, com a presença e ausência do silício – explica Marcílio.

Para mais informações sobre o cultivo orgânico da banana, basta entrar em contato com a Empaer através do número (65) 3613-1700 begin_of_the_skype_highlighting (65) 3613-1700 end_of_the_skype_highlighting.

Fonte: Kamila Pitombeira/Portal Dia de Campo
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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Técnicas aumentam produtividade de uva orgânica



"Adubação orgânica não agride meio ambiente e cobertura das plantas previne aparecimento de míldio sem uso de ?Calda bordalesa?"

O míldio, principal doença que ataca a plantação da uva Niágara Rosada, é combatido através da calda bordalesa, rica em sulfato de cobre, que provoca a diminuição da produtividade do solo. Para evitar esse problema, a Embrapa Uva e Vinho desenvolveu um modelo de produção orgânica da uva, que descarta o uso da calda e investe em adubação orgânica e cobertura das plantas. O projeto é desenvolvido em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.

De acordo com o pesquisador da Embrapa George Wellington Melo, a produção orgânica de uva na região faz muito uso da “Calda bordalesa” para a prevenção do míldio. Ele afirma que isso tem aumentado o teor de cobre no solo e, como conseqüência, diminuído a produtividade.

A grande quantidade de cobre no solo afeta as plantas de cobertura e pode acarretar problemas de contaminação de água subterrânea. Além disso, o cobre, como metal pesado, é precursor de várias doenças – afirma o pesquisador.

George conta que o trabalho com a Niágara Rosada começou em 2003 e partiu do princípio de que era preciso diminuir a quantidade de cobre aplicado no solo. Com isso, a Embrapa começou a trabalhar o solo e fazer a cobertura das plantas.

Só utilizamos plantas de cobertura, como gramíneas e leguminosas, além da adubação orgânica. Contra a doença, fizemos a cobertura das plantas. Como o míldio precisa de água para se desenvolver, sem o molhamento da folha, conseguimos evitar o uso da calda bordalesa – explica George.

Melo diz ainda que esse tipo de produção gera um produto mais saudável, já que não utiliza nenhum tipo de agrotóxico. Além disso, não contamina o solo com o cobre e diminui o risco de problemas de erosão, pois o solo permanece sempre coberto.

Já a produtividade é alta. Segundo o pesquisador, somente nesse ano, a produtividade da região foi de 42 toneladas por hectare, número superior ao da produtividade de cultivos tradicionais e do sistema orgânico.

Como no cultivo orgânico o produtor não consegue conviver bem com as principais doenças da região, principalmente o míldio, isso afeta muito a produtividade. Chega a diminuir mais de 50 por cento em relação à convencional. Portanto, esse sistema evita essas perdas causadas pelas doenças – diz George.

Wellington ressalta que, ao adotar a prática, o primeiro cuidado por parte do produtor deve ser com o solo. Deve-se trabalhar o solo sempre coberto, evitar que haja degradação da matéria orgânica e utilizar compostos orgânicos de boa origem. Além disso, deve-se ainda utilizar plásticos para a cobertura das plantas, investimento que gira em torno de 40 a 45 mil reais por hectare.

Esses plásticos duram de sete a oito anos. Portanto, o produtor dilui o custo em oito anos e deixa de usar qualquer agroquímico. Isso é bom para o produtor e para o consumidor – conclui o pesquisador.

Para mais informações sobre a produção orgânica da Niágara Rosada, basta entrar em contato com a Embrapa Uva e Vinho através do número (54) 3455-8000 begin_of_the_skype_highlighting (54) 3455-8000 end_of_the_skype_highlighting.


Fonte:Kamila Pitombeira/POrtal Dia de Campo
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terça-feira, 5 de abril de 2011

Embrapa realiza congresso sobre defensivos agrícolas naturais


Com o objetivo de discutir “O papel dos defensivos naturais na agricultura do século XXI” a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), por meio do Fórum Permanente para Adequação Fitossanitária, e em parceria com a Fundação Arthur Bernardes – Funarbe (Viçosa, MG), realizam de 24 a 26 de maio de 2011 o V Congresso Brasileiro de Defensivos Agrícolas Naturais – COBRADAN.

De acordo com os coordenadores, o COBRADAN, pela primeira vez sediado na Região Sudeste, “tem se consolidado como um importante evento na agenda técnico-científica na área de fitossanidade no Brasil”.

São esperados aproximadamente 300 participantes de várias regiões do Brasil, assim como de outros países. As palestras, apresentações orais e pôsteres serão priorizados com amplo espaço para discussão e interação.

O objetivo principal é reunir estudantes, pesquisadores, empresas do agronegócio e agricultores para discutir temas no momento atual de desenvolvimento de defensivos agrícolas naturais no controle de pragas e doenças de plantas no Brasil. Além disso, serão discutidas também as perspectivas de ampliação do seu uso, desde o acesso ao patrimônio genético natural, legislação, testes laboratoriais e qualidade de análises exigidas para o registro de defensivos agrícolas naturais até a visão do produtor e da indústria sobre o tema: grandes culturas, cultivos intensivos, transição para um modelo agrícola não dependente de insumos. Pós-evento está programada para o dia 27 de maio uma visita técnica à Fazenda Yamaguishi, que produz hortaliças, frutas e aves orgânicas.

Finalizando, as discussões envolverão também os defensivos naturais derivados de plantas: biodiversidade, tecnologia de obtenção, pesquisa e uso de defensivos agrícolas naturais, além do papel do controle biológico de pragas e doenças na agricultura do século 21 e a visão epidemiológica do controle biológico de pragas e doenças.


O conteúdo das palestras será publicado em um livro a ser organizado posteriormente. Além das palestras, a comissão organizadora selecionará dentre os resumos os mais adequados a serem publicados como capítulo de livro. A data limite para encaminhamento dos resumos expira em 8 de abril de 2011.

Mais informações e inscrições pelo e-mail cobradan-l@cnpma.embrapa.br ou pelo site do evento.


Eliana Lima, MTb. 22.047
Embrapa Meio Ambiente
(19) 3311.2748
elima@cnpma.embrapa.br

segunda-feira, 4 de abril de 2011

AGRISHOW 2011

Entre os dias 02 e 06/05, a cidade de Ribeirão Preto (SP), sedia a maior feira de agronegócios da América Latina, a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), que espera receber mais de 145 mil visitantes entre agricultores, pecuaristas, agroindustriais, empresários, industriais, entidades de classe e estudantes, além de 765 expositores nacionais e internacionais em sua 18ª edição.

A região de Ribeirão Preto é referência em eventos agrícolas, pois sedia, anualmente, as duas maiores feiras do segmento: a Agrishow e a Fenasucro, que acontece em Sertãozinho.

Entretanto, o número de estabelecimentos hoteleiros continua inferior às necessidades destes eventos. De acordo com o Sindicato dos Hotéis de Ribeirão Preto, existem altualmente 54 hotéis na cidade, que oferecem 7.660 leitos. Muitos destes leitos já estão com reservas feitas há meses.


Fonte:www.agrishow.com.br
http://promoview.com.br

Mini destilarias de etanol para produtores, cooperativas e prefeituras


"Participação na Agrishow em Ribeirão Preto - de 2 a 6 de maio de 2011 - cujo stand estará no lote A8C, exposição e comercialização da mini destilaria. Projeto aprovado pela ANP"

Prefeituras, pequenos produtores, cooperativas de taxis, vans e outras agora podem produzir seu própio etanol. A mini destilaria visa amenizar a falta de combustivel e ainda tem engajado todo um processo social ambiental.

O que é uma mini destilaria?

Mini destilaria para produção de etanol em PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS E PREFEITURAS. Financiamento via BNDES e Pronaf. Carência de 5 anos e 12 anos para pagamento.

Um projeto totalmente sustentável, denominado de usina social e inteligente, voltado a micro e pequenos produtores, com possibilidade de ser utilizado também por pessoas que não têm qualquer relação com o setor sucroalcooleiro, além de ser incorporado, ainda, pelo poder público municipal, foi apresentado por empresários gaúchos, no ano passado, durante a Fenasucro, em Sertãozinho (SP), a idealizadores, piracicabanos, do portal e-usinas (www.e-usinas.com.br).

Os produtores do Rio Grande do Sul querem expandir o empreendimento, credenciado pela Petrobras, Agência Nacional de Petróleo (ANP), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Pronaf, capacitado para a produção de mil a 5 mil litros de etanol, por dia, a preços bstante competitivos por litro. Nas bombas dos postos, o valor do litro do álcool combustível não sai por menos de R$ 2,00. Valor da usina, entretanto, não foi divulgado.

FINANCIAMENTO: O Financiamento pode ser obtido pelos produtores rurais, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Pronaf. 5 anos de carência e 12 anos para pagamento do valor do empréstimo.

A proposta da usina social e inteligente, ou bio-refinaria, é credenciada e aprovada pelos mais exigentes órgãos governamentais. A formação de uma cooperativa que fomente todos os aspectos e modalidades da cadeia produtiva é o ponto alto da usina sustentável.

A utilização do álcool produzido na miniusina beneficiaria, ainda, o poder público, que teria a ótima opção de abastecer a frota oficial com o combustível verde.

"Na realidade, todos têm a ganhar com o projeto, que não requer grandes investimentos ou infraestrutura complexa, mas é novidade", salienta Dirceu. Com a parceria firmada entre os criadores da miniusina e o portal e-usinas, as pessoas que quiserem aderir ao projeto não só podem, como devem acessar o site.

Com a usina inteligente,segundo Evandro Hayashi, todos os elementos da cana podem ser utilizados, inclusive o bagaço e o vinhoto. 'Tudo, claro, tem destinação no desenvolvimento sustentável e na qualidade de vida. "Nada é perdido", enfatiza.

Para viabilizar uma biorefinaria há recursos especiais que podem ser conseguidos junto ao BNDES, com juros de 4% ao ano, carência de cinco anos para começar a pagar e mais 12 para amortizar a dívida.

Etanol produzido pode abastecer frota de cooperados e proporcionar vantagem financeira, destacam empresários

AS VANTAGENS DE UM PROJETO COMPLETO

◦As biorefinarias foram desenvolvidas com tecnologia simples, preservando o lado social e ambiental. Podem ser operadas em propriedades rurais, cooperativas e Prefeituras, agregando, dessa forma, maior rentabilidade e utilidade ao Bioetanol sustentável;
◦O combustível produzido pode ser usado por automóveis, motos, geradores, fogões e chuveiros;
◦O bagaço restante pode ser destinado à alimentação animal;
◦Além da cana, a miniusina permite a produção de etanol, especialmente na entressafra, a partir de outras matérias-primas, entre as quais, mandioca e sorgo sacarino e outras;
◦Há, com a usina inteligente, redução de custos com transporte do produto primário à refinaria;
◦Comprovadamente, existe uma melhor distribuição dos benefícios gerados pela lavoura;
◦Outra vantagem importante: há a geração de empregos em áreas rurais.
Estamos à disposição para mais informações,

Dirceu Martins de Azevedo
DM AZEVEDO COM. & Negócios
Tel.: 19 | 3427-1691 | 9751-1067 | 8262-9083 | 8124-7514
e-mail: dirceu@e-usinas.com.br
MSN: dirceuazevedo@hotmail.com
Skipe: dirceu.martins.azevedo
Site: www.e-usinas.com.br

domingo, 3 de abril de 2011

Agricultores Familiares têm perdas abaixo de 1% na Safra 2010/2011



"Uma ótima notícia para a agricultura familiar brasileira. Apesar do fenômeno La Niña, os agricultores familiares vêm obtendo uma boa safra na maior parte dos estados brasileiros"

As Comunicações Ocorrência de Perdas (COP) feita por agricultores a bancos e agentes financeiros do Programa Nacional de Fortalecimento da agricultura Familiar (Pronaf) até o momento é de apenas 0,7% na safra 2010/2011.

Os comunicados são obrigatórios para os agricultores familiares interessados em obter os recursos do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) e o resultado está bem abaixo da expectativa e da média histórica. Para o coordenador do Seaf na Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA),José Carlos Zuckowski o percentual de segurados que comunicaram perdas vem caindo. Na safra 2005/2006 os comunicados de perda representaram 26%; No ano agrícola 2008/2009 foram 7,6% e na safra seguinte, 2009/2010, foram de 2,4%. “Até o momento, o índice de 2010/2011 é de cerca de 0,7%”.

O Seaf é um seguro multirrisco e opera em todo o país. Cobre estiagem, chuva excessiva, granizo, geada, ventos fortes, variação excessiva de temperatura e outros. Com um valor segurado total da ordem de R$ 4,5 bilhões, o Seaf contabiliza mais de 500 mil empreendimentos segurados a cada ano agrícola.

Segundo Zukowski, apesar da ocorrência de estiagem forte no extremo sul, atingindo a metade meridional do Rio Grande do Sul, e de chuvas excessivas em diversos lugares do País, pouco mais de três mil pedidos de indenização foram apresentados. “Se não houver surpresas no clima até o fim do ano, o número de pedidos de indenização será bem menor que os 12 mil registrados na safra passada. Mas, ainda está em curso a safra e é preciso aguardar os resultados do Nordeste, da safrinha e da safra de inverno no Sul”. Zukowski explica, ainda, que o grande volume de contratações do Seaf se verifica na safra de verão, que já está praticamente toda colhida ou em fase de colheita.

Nesses dois últimos anos, a quase totalidade dos agricultores familiares não precisou recorrer ao Seaf. Na safra 2009/2010, dos 529 mil agricultores segurados, mais de 516 mil tiveram boa colheita. E nos locais que foram atingidos por secas, granizo, chuvas excessivas, entre outros, o seguro foi importante para manter o agricultor na atividade rural. O coordenador avalia que os agricultores segurados têm obtido bons resultados em suas lavouras. “A agricultura familiar desenvolve atividades técnica e economicamente viáveis e vem desempenhando um papel cada vez mais importante na produção de alimentos”.

Dados do Censo Agropecuário 2006 do IBGE mostram que a agricultura familiar responde por 70% da produção de feijão, 46% do milho, 34% do arroz, 87% da mandioca, 21% do trigo, 58% do leite, 50% de aves e 59% de suínos. No total, incluindo itens não alimentares, responde por 38% do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário.

Viabilidade

O desempenho de um seguro agrícola depende muito do clima, mas depende também de outros fatores críticos. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), tem implementado nos últimos anos políticas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e oferecido novas linhas de financiamento para melhorar as condições de produção desses pequenos agricultores. Também têm sido desenvolvidas ações voltadas para a gestão do Seaf, envolvendo condições de cobertura (tecnologias, locais e épocas adequados); operacionalização; capacitação de agentes, com mais de três mil técnicos qualificados; e supervisão, visando a sustentabilidade técnica e financeira do seguro.

Além disso, o zoneamento agrícola de risco climático vem sendo ampliado e aprimorado a cada safra, em articulação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em 2004, havia sete culturas zoneadas e, atualmente, já são 40 culturas.

Para Zukowski, “essas ações são fundamentais para evitar perdas e controlar a sinistralidade”. O resultado é que o SEAF vem operando com indicadores compatíveis com as referências internacionais do mercado de seguro rural. “Nunca se sabe com certeza como será o clima na próxima safra. É preciso poder contar com um seguro agrícola como o SEAF, que oferece segurança para o agricultor familiar investir na sua produção”, destaca Zukowski.

SEAF

São cobertas pelo SEAF as operações de custeio agrícola até 100% do valor financiado e até 65% da Receita Líquida Esperada do Empreendimento (RLE), limitado a R$3.500,00. A indenização será proporcional à perda e só podem ser indenizadas aquelas que forem maiores do que 30% da RLE.

Os agricultores também podem acessar o seguro para as parcelas de crédito de investimento do Pronaf. O SEAF Investimento é facultativo e é formalizado no momento em que o agricultor contrata financiamento do custeio agrícola. No caso do seguro de investimento, pode ser amparado, em cada operação, o valor correspondente a diferença entre 95% da Receita Bruta Esperada do Empreendimento (RBE) até o máximo de R$5.000,00.

Fonte:Assessoria de Comunicação Social MDA/Incra
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sábado, 2 de abril de 2011

Tecnologia diminuirá gastos com fertilizantes


"Os agricultores poderão reduzir os gastos no plantio de milho, cana, arroz e trigo, com o emprego de tecnologia à base de inoculante, bactérias que fixam nitrogênio no solo. Esse tipo de produto é empregado com sucesso no cultivo da soja desde a década de 1970."

A Instrução Normativa Nº 13, publicada no Diário Oficial da União (DOU) na sexta–feira moderniza o registro desses produtos no Brasil, melhorando as regras existentes para a sua produção, pesquisa e importação.

De acordo com o coordenador do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Hideraldo Coelho, os inoculantes diminuem bastante a quantidade de fertilizantes nitrogenados usada na lavoura. "No cultivo de soja, por exemplo, os agricultores chegam a gastar, em média, R$ 15 por hectare. Entre os que não aderem à tecnologia, os custos podem chegar a aproximadamente R$ 700,00 por hectare, conforme os especialistas da área", diz Coelho.

Diferente da adubação mineral, os inoculantes têm como base material biológico. Além de mais baratos, os produtos não causam danos ao meio ambiente. "A fixação biológica de nitrogênio pelas plantas leguminosas pode suprir a adubação mineral dependendo da espécie e sistema de cultivo", explica o coordenador.


Fonte:DCI - Diário do Comércio & Indústria www.portaldoagronegocio.com.br

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Produtores de alimentos orgânicos recebem treinamento de olho na Copa do Mundo



01/04/2011 14:51 SEAPA MG e Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais

Minas Gerais e mais onze estados brasileiros estão preparando os produtores de orgânicos para que o setor tenha condições de atender as exigências de um público com hábitos de consumo diferenciado no período da Copa de 2014. A expectativa é de que haja um aumento da demanda por esses produtos durante o evento esportivo, que vai trazer pessoas de todas as partes do mundo, inclusive, de países onde o consumo de orgânicos já está consolidado.

Em Minas, existem aproximadamente 12 mil propriedades que se dedicam à atividade, mas apenas 641 possuem algum tipo de certificação. Segundo a assessora técnica da Superintendência de Segurança Alimentar e Apoio à Agricultura Familiar da Secretaria de Agricultura, Thyara Rocha Ribeiro, a Copa é uma oportunidade não só para a divulgação do setor, como também para melhorar o nível de informação e o uso de tecnologias junto aos produtores. “Para se obter o selo de certificação, o produtor precisa seguir exigências tecnológicas e socioambientais, mas esse é o único caminho para se agregar valor à produção e conquistar credibilidade entre os consumidores”, afirma.

Palestras itinerantes

Palestras e cursos vêm sendo realizados nas cidades-sede e regiões metropolitanas dos estados que receberão os jogos da Copa do Mundo. A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Emater-MG e IMA estão mobilizando os produtores para a “Caravana Copa Orgânica”, um ciclo itinerante de cursos e palestras. Em Minas, as aulas serão realizadas no período de 4 a 6 de abril, com treinamentos programados nos municípios de Belo Horizonte, Jaboticatubas, Brumadinho e Betim. As palestras e temas estão divididos de acordo com o público-alvo (empresários, consumidores e produtores). O evento é uma realização do Instituto BioSistêmico, uma instituição do terceiro setor que promove o desenvolvimento sustentável. Mais informações sobre os locais e a programação podem ser obtidas pelo site www.caravanacopaorganica.com.br.

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Ministério da Agricultura prevê freio na alta do etanol em até 20 dias




01/04/2011 15:30 O Globo

A previsão é do secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone. Ele admitiu que a oferta de etanol não atende completamente à demanda interna, mas assegurou que não haverá surpresas até a situação se normalizar, como a redução da mistura de álcool anidro à gasolina, para ampliar a oferta de álcool hidratado (combustível) no mercado, ou a taxação da exportação de açúcar, evitando-se, assim, desabastecimento doméstico.

— O álcool a R$2,20 é demonstração clara de falta de produção — disse Bertone.

Investimentos para sanear empresas, e não para plantio

Segundo o secretário — que representa a pasta da Agricultura em um grupo de monitoramento do qual também participam os ministérios da Fazenda e de Minas e Energia —, o país precisa de um novo ciclo de investimentos para os próximos dez anos. São necessários, no período, cerca de R$160 bilhões, para que a produção de cana passe das atuais 640 milhões de toneladas para algo em torno de 1,4 bilhão de toneladas até 2022.

Com a escassez da oferta de álcool, o Brasil já importou cerca de 300 milhões de litros de etanol americano este ano.

— Precisamos ter estabilidade de políticas públicas. Não está faltando álcool anidro, o problema é a insuficiência do álcool hidratado (combustível). Se o investidor acha que o governo vai diminuir a mistura, nem sequer consegue fazer os cálculos, o que geraria incertezas sobre investimentos — argumentou.

Bertone afirmou não ser verdade que houve queda de investimentos no setor, por causa da crise financeira internacional:

— Não foram investimentos de aumento de área. Os recursos se dirigiram ao saneamento do setor, com as empresas maiores comprando as menores que estavam em dificuldades. O setor está pronto para investir e teve um choque de gestão.

Com isso, o governo federal estuda medidas de longo prazo, como a concessão de incentivos para a melhoria da eficiência energética dos carros flex. A União também vai negociar com os estados produtores a redução do ICMS.

— Precisamos criar condições para que esse novo ciclo de investimentos seja concretizado. O setor é estratégico, fornece energia e traz vantagens enormes à sociedade brasileira dos pontos de vista geopolítico, ambiental, de geração de desenvolvimento regional, distribuição de renda e saúde pública — defendeu Bertone.